Reumo
Este artigo tem como objetivo investigar como a independência do conselho de administração (CA) pode afetar a adoção de práticas sociais e ambientais por parte das empresas brasileiras de capital aberto listadas na B3. De modo mais específico, considerando o contexto de elevada concentração de propriedade no país, busca-se investigar se há diferenças de comportamento entre os conselheiros independentes indicados e não indicados por acionistas controladores das empresas. Para a construção do trabalho, foi utilizada uma amostra de 849 observações-ano, coletada a partir de informações disponíveis no CSRHub e no Formulário de Referência. Os resultados obtidos mostram que a presença de membros independentes no CA afeta positivamente as práticas de ESG voltadas para a comunidade. No entanto, a presença de membros não indicados por acionistas controladores não mostrou significância estatística em nenhuma das métricas de ESG utilizadas.
Abstract
This paper aims to investigate how the independence of the board of directors (BoD) can affect the adoption of social and environmental practices by Brazilian publicly traded companies listed on B3. More specifically, considering the context of high ownership concentration in the country, the goal is to investigate whether there are behavioral differences between independent directors appointed and not appointed by the controlling shareholders of the companies. For the construction of the study, a sample of 849 year-observations was used, collected from information available in CSRHub and the Reference Form. The results obtained show that the presence of independent members on the BoD positively affects ESG practices aimed at the community. However, the presence of members not appointed by controlling shareholders did not show statistical significance in any of the ESG metrics used.