Reumo
Este trabalho aborda percepções de líderes sobre a comunicação não violenta (CNV) e seu papel na liderança humanizada e gestão da cultura organizacional. As percepções sobre as lideranças e suas organizações buscaram identificar o perfil médio dos respondentes e se a comunicação realizada é considerada como não violenta ou se assume características de alienação e violência com o interlocutor. A coleta de dados com lideranças de empresas na Região Metropolitana de São Paulo possibilitou comparar a situação individual e a situação construída nas organizações dos membros participantes. Os resultados indicam que existe um direcionamento por parte das organizações para o exercício de uma gestão que pratique a liderança humanizada, mas também que as percepções dos líderes participantes apontam para uma certa distância em relação à percepção organizacional, onde os líderes são (auto) percebidos como mais cientes e mais praticantes da CNV, mesmo que tanto na perspectiva individual quanto na coletiva exista margem de melhoria. Identificar pontos de melhoria permite intervenções em elementos pontuais e ações para que as comunicações não machuquem ou desrespeitem o interlocutor, o que poderia alienar da liderança e até mesmo criar impactos nas percepções individuais de bem-estar ou coletivas sobre o estado da cultura organizacional vigente.
Abstract
This article addresses leaders’ perceptions about non-violent communication (NVC) and its role in humane leadership and organizational culture management. The perceptions about leaders and their organizations sought to identify the average profile of the respondents and whether the communication carried out is considered non-violent or assumes characteristics of alienation and violence towards the interlocutor. Collecting data from company leaders in the São Paulo Metropolitan Region allowed comparing the individual situation and the situation created in the organizations of the participating members. The results indicate that there is a direction on the part of organizations to exercise management that practices humanized leadership, but also that the perceptions of the participating leaders point to a certain distance in relation to the organizational perception, where leaders are (self) perceived as more aware and more practitioners of NVC, even though both from an individual and a collective perspective there is room for improvement. Identifying points for improvement allows interventions in specific elements and actions so that communications do not hurt or disrespect the interlocutor, which could alienate leadership and even create impacts on individual or collective perceptions of well-being on the state of the current organizational culture.