Reumo
Embora extensa a pesquisa sobre a implementação de inovação em tempos emergenciais, negligenciou-se a investigação sobre a sua dimensão social e as capacidades que podem ser desenvolvidas, como bricolagem e frugalidade. Buscou-se resposta para a questão: em que medida a bricolagem influencia a frugalidade, impulsionando a inovação social em tempos emergenciais? O estudo foi operacionalizado por survey com 632 gestores em empreendimentos econômicos solidários e empresas de base tecnológica do Norte e Sudeste do Brasil, em pandemia do COVID-19. Resultados evidenciam que em tempos emergenciais a frugalidade medeia a relação entre bricolagem e inovação social. Compreendeu-se que em ambientes incertos e com escassez de recursos, as práticas frugais tornam-se elo necessário entre as habilidades de bricolagem e a implementação de inovações sociais. Organizações devem adaptar e utilizar recursos disponíveis para impulsionar o desenvolvimento de serviços e produtos capazes de atender as necessidades sociais prementes e não atendidas nestes contextos. Concluiu-se que em tempos emergenciais a bricolagem e a frugalidade desempenham efeito grande na promoção da inovação social em regiões menos desenvolvidas nos empreendimentos econômicos solidários e nas mais desenvolvidas, efeito médio nas empresas de base tecnológica e pequeno nos econômicos solidários.
Abstract
Although extensive research on the implementation of innovation in emergency times, research on its social dimension and the capabilities that can be developed, such as bricolage and frugality, has been neglected. An answer to the question was sought: to what extent does bricolage influence frugality, boosting social innovation in emergency times? The study was carried out through a survey with 632 managers in solidary economic ventures and technology-based companies in the North and Southeast of Brazil, during the COVID-19 pandemic. Results show that in emergency times frugality mediates the relationship between bricolage and social innovation. It was understood that in uncertain environments and with scarcity of resources, frugal practices become a necessary link between DIY skills and the implementation of social innovations. Organizations must adapt and use available resources to drive the development of services and products capable of meeting pressing and unmet social needs in these contexts. It was concluded that in emergency times, bricolage and frugality have a great effect on promoting social innovation in less developed regions in solidary economic enterprises and in more developed ones, medium effect in technology-based companies and small in solidary economic ones.